Estudo mostra perfil da juventude brasileira
Segundo dados do IPEA, desemprego entre jovens é três vezes maior do que entre adultos
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou em Brasília a pesquisa "Juventude e Políticas Sociais no Brasil", com uma profunda análise sobre as políticas públicas de juventude no Brasil. A pesquisa faz uma radiografia da juventude e propõe soluções voltadas para esse segmento em diversas áreas.
Segundo o estudo, o Brasil tem uma população de 50 milhões de jovens (entre 15 e 29 anos), 26% do total de 190 milhões de brasileiros. A pesquisa mostra que 31% são pobres e que o desemprego entre os jovens chega a ser três vezes maior do que entre os adultos.
No quesito educação, apenas 48% dos jovens de 15 à 17 anos frequentam o ensino médio. Entre os jovens de 18 à 24 anos, somente 13% estão cursando o ensino superior. A pesquisa constatou também que a maior causa do abandono da escola entre os jovens homens é a necessidade de trabalhar e entre as mulheres é a gravidez precoce.
Já na questão da empregabilidade, o estudo detectou que o jovem encontra dificuldade para se inserir no mercado de trabalho. Segundo os dados, aqueles que conseguem uma vaga de emprego, na maioria da vezes, acabam ocupando postos de trabalho de pior qualidade, onde predominam os baixos salários e a informalidade. De acordo com os dados divulgados, 50% dos jovens de 18 à 24 anos trabalham sem carteira assinada e a taxa de desemprego é de 17%.
No campo da criminalidade, a pesquisa comprovou que a violência cotidiana cometida por jovens contra outros jovens, é gerada devido a fatores sociais como a disseminação da criminalidade e do porte de armas, a cultura à violência e as grandes desigualdades. Os homicídios lideram a causa da morte entre jovens, com 38%, seguido dos acidentes de trânsito, com 27%.
Para o diretor de políticas públicas da União da Juventude Socialista (UJS) de Campos, Marcos Vinicius Tavares, a violência entre os jovens está diretamente ligada a falta de emprego e a qualidade da educação. Para Marcos, faltam políticas públicas eficientes que dimunuam a taxa de inatividade entre os jovens.
"A pesquisa mostra que o índice de evasão escolar no Brasil continua alto. A maioria dos jovens paralizam os estudos em busca de uma vaga de emprego. Muitos não conseguem e acabam caindo na inatividade e buscando o mundo do crime", disse Marcos, defendendo que a educação deve ir além da sala de aula e buscar mecanismos que consigam atrair a juventude para a escola.
Ele acredita, também, que faltam projetos para dar a oportunidade do primeiro emprego ao jovem. Em Campos, segundo ele, a juventude aguarda a implantação de uma lei para incentivar a entrada do jovem no mercado de trabalho. O projeto apresentado pela UJS à Câmara Municipal no ano passado foi aprovado como indicação legislativa e agora está em fase de análise no poder executivo.
De acordo com o documento divulgado pelo IPEA, as políticas públicas para os jovens necessitam de um conceito mais coeso sobre o que é juventude. A pesquisa aponta uma desorganização na execução dessas políticas, mostrando que cada órgão busca tratar, isoladamente, das questões que consegue identificar.
Para mudar esse quadro, o estudo traçou nove desafios para pautar a política nacional de juventude. Entre eles estão: ampliar o acesso e a permanência à escola de qualidade, erradicar o analfabetismo entre jovens, preparar o jovem para o mercado de trabalho, democratizar o acesso ao esporte e à cultura, estimular a cidadania e a participação social.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou em Brasília a pesquisa "Juventude e Políticas Sociais no Brasil", com uma profunda análise sobre as políticas públicas de juventude no Brasil. A pesquisa faz uma radiografia da juventude e propõe soluções voltadas para esse segmento em diversas áreas.
Segundo o estudo, o Brasil tem uma população de 50 milhões de jovens (entre 15 e 29 anos), 26% do total de 190 milhões de brasileiros. A pesquisa mostra que 31% são pobres e que o desemprego entre os jovens chega a ser três vezes maior do que entre os adultos.
No quesito educação, apenas 48% dos jovens de 15 à 17 anos frequentam o ensino médio. Entre os jovens de 18 à 24 anos, somente 13% estão cursando o ensino superior. A pesquisa constatou também que a maior causa do abandono da escola entre os jovens homens é a necessidade de trabalhar e entre as mulheres é a gravidez precoce.
Já na questão da empregabilidade, o estudo detectou que o jovem encontra dificuldade para se inserir no mercado de trabalho. Segundo os dados, aqueles que conseguem uma vaga de emprego, na maioria da vezes, acabam ocupando postos de trabalho de pior qualidade, onde predominam os baixos salários e a informalidade. De acordo com os dados divulgados, 50% dos jovens de 18 à 24 anos trabalham sem carteira assinada e a taxa de desemprego é de 17%.
No campo da criminalidade, a pesquisa comprovou que a violência cotidiana cometida por jovens contra outros jovens, é gerada devido a fatores sociais como a disseminação da criminalidade e do porte de armas, a cultura à violência e as grandes desigualdades. Os homicídios lideram a causa da morte entre jovens, com 38%, seguido dos acidentes de trânsito, com 27%.
Para o diretor de políticas públicas da União da Juventude Socialista (UJS) de Campos, Marcos Vinicius Tavares, a violência entre os jovens está diretamente ligada a falta de emprego e a qualidade da educação. Para Marcos, faltam políticas públicas eficientes que dimunuam a taxa de inatividade entre os jovens.
"A pesquisa mostra que o índice de evasão escolar no Brasil continua alto. A maioria dos jovens paralizam os estudos em busca de uma vaga de emprego. Muitos não conseguem e acabam caindo na inatividade e buscando o mundo do crime", disse Marcos, defendendo que a educação deve ir além da sala de aula e buscar mecanismos que consigam atrair a juventude para a escola.
Ele acredita, também, que faltam projetos para dar a oportunidade do primeiro emprego ao jovem. Em Campos, segundo ele, a juventude aguarda a implantação de uma lei para incentivar a entrada do jovem no mercado de trabalho. O projeto apresentado pela UJS à Câmara Municipal no ano passado foi aprovado como indicação legislativa e agora está em fase de análise no poder executivo.
De acordo com o documento divulgado pelo IPEA, as políticas públicas para os jovens necessitam de um conceito mais coeso sobre o que é juventude. A pesquisa aponta uma desorganização na execução dessas políticas, mostrando que cada órgão busca tratar, isoladamente, das questões que consegue identificar.
Para mudar esse quadro, o estudo traçou nove desafios para pautar a política nacional de juventude. Entre eles estão: ampliar o acesso e a permanência à escola de qualidade, erradicar o analfabetismo entre jovens, preparar o jovem para o mercado de trabalho, democratizar o acesso ao esporte e à cultura, estimular a cidadania e a participação social.
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