O SILÊNCIO DO HOMEM
Tudo bem que as mulheres já têm a habilidade da fala desenvolvida por milênios e milênios, mas discutir a relação, enfrentar uma DR ou encarar as limitações mútuas ainda é o melhor caminho.Muitas vezes encontramos relações que foram alicerçadas na agenda oculta, ou seja, eu construo e espero muitas atitudes do parceiro (a), mas não lhe informo minha expectativa, não pergunto se pensa como eu, não pergunto se o outro tem condições de atender os quesitos que julgo importantes, não dou pista da existência da minha agenda.O pior em relação a agenda oculta é que cada um tem a sua e ninguém sabe disso.Na relação a dois está a certeza da construção de resultados harmoniosos e mais forte, pois nenhum de nós é mais forte do que nós dois juntos. O que me traz aqui para fazer esse relato é a observação de que o silêncio, o alto nível de tolerância, a baixa curiosidade para perguntar, a certeza da razão faz com que o homem não fale e não expresse sua leitura sobre o panorama da situação que está sendo enfrentada. Observo que esse silêncio traz uma influência decisiva para a qualidade da relação, impedindo um desabrochar de harmonia. Na proporção que a diminuição das palavras esclarecedoras e harmoniosas, expressas com sabedoria ampliam a distância entre o casal aumenta e a probabilidade de proferir palavras que venham a prejudicar ao outro. Já que muitas vezes se deixa para falar impulsionado pela raiva, ressentimento e mágoa.O hábito de pouco falar é mais difícil do que se imagina, uma boa prática até para o desabrochar da força pessoal, mas o jejum de palavras é útil na busca pessoal individual mesmo. Terra do coração e da mente, ninguém pisa, a não ser que se receba autorização que seja informado do panorama por onde se passa e para tal o diálogo precisa ser o ingrediente maior.O fluxo descontrolado de palavras demonstra inabilidade de lidar com as emoções que nos cobram reforma íntima. A constante atenção ou concentração para verbalizar opinião é algo que desgasta no princípio, mas no exercício da auto doutrina se alcança situações mais claras e harmoniosas ampliando a habilidade com a palavra. Não vale a pena desperdiçar palavra e energia, mas vale a pena buscar de maneira perseverante o entendimento.Cada personagem do casal é responsável pela construção dos melhores resultados, mas o excesso sempre é prejudicial, seja com as palavras, seja com o silêncio.
Luciane Mina - Psicóloga CRP 05 14860
Luciane Mina - Psicóloga CRP 05 14860
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