Técnicos do Estado apresentarão projeto do Corredor Logístico logo após o Carnaval

O subsecretário de Estado de Urbanismo, Vicente Loureiro, anunciou ontem que após o Carnaval o Estado terá concluído o projeto do Corredor Logístico, que ligará o ramal ferroviário do Espírito Santo e a BR-101 ao Super Porto do Açu e ao Distrito Industrial. Loureiro lamentou ao afirmar que haverá desapropriações para a construção, que inclui um ramal ferroviário, rodovia, três linhas de transmissão de energia, gasoduto e oleoduto.

Eu reunião na Câmara de São João da Barra, o subsecretário lembrou que o Estado constituiu um comitê para avaliar as consequências dos investimentos em São João da Barra, destacando que a administração municipal tem encaminhado solicitações no sentido de reduzir os impactos sociais. Loureiro adiantou ainda, que o projeto final levará em consideração a possibilidade de “contornar” o máximo de propriedades, especialmente no que diz respeito às linhas de transmissão, mas deixou claro que o traçado da ferrovia, por razões técnicas, não poderá ser sinuoso.

- A ferrovia tem um projeto mais rígido porque não poderão existir muitas curvas e nem elevações no percurso, mas estamos fazendo o máximo para que as linhas de transmissão contornem as propriedades. É possível cultivar e manter pastagens sob as linhas de transmissão. Só não pode haver moradia ou outras edificações, ressaltou.

A previsão do subsecretário é que logo após o Carnaval o projeto esteja concluído, constando dele um mapa detalhado mostrando por onde o Corredor Logístico passará. Além disso, o Estado está fazendo o levantamento das propriedades atingidas, mapeando todas as que são produtivas, o tipo de produção e quantas pessoas serão atingidas.

Loureiro adiantou ainda, que no caso das desapropriações, os critérios serão os mesmos das propriedades inclusas na área destinada ao Distrito Industrial: “eu seria hipócrita se não dissesse isso, mas estamos tomando todo o cuidado possível para que os impactos sejam os menores. Porém, haverá quem não esteja satisfeito, quem discorde. Nesse caso as pessoas terão o auxílio da Justiça para pedir a reavaliação de suas terras”, falou, lembrando que na área do Distrito Industrial, muitos proprietários já estão recebendo os valores propostos pela Codin.

- Nós sabemos que há o pequeno, o médio e o grande produtor, mas também há uma parte considerável que é improdutiva. É preciso que isso fique bem claro, que isso seja dito, se não estaremos sendo injustos. No caso dos que produzem, a maioria possui até 10 hectares e será reassentada e o modelo de reassentamento prevê assistência técnica, apoio – porque será necessário preparar a terra, e até que a produção retome, o agricultor terá o apoio financeiro necessário ao sustento de sua família, lembrou.

Segundo o subsecretário, vários proprietários que estão na área do Distrito Industrial já estão recebendo as indenizações com base na avaliação feita pelo governo estadual por meio da Codin – Companhia Estadual de Desenvolvimento Industrial. Ele reconheceu a importância da tradição agrícola para São João da Barra, mas afirmou que “após anos de abandono, de esvaziamento econômico, o Estado do Rio está encontrando novas vocações e essas oportunidades não podem ser perdidas, sob pena de as gerações futuras enfrentarem outros problemas por falta de investimentos e planejamento”.

Também participaram da reunião, além de Vicente Loureiro, o subsecretário de Estado de Transportes, Sebastião Rodrigues Neto, a presidente da Codin – Companhia Estadual de Desenvolvimento Industrial, Conceição Ribeiro e os secretários municipais, Victor Aquino, de Planejamento, Antônio Neves, Educação, João Batista Filho, Pesca e Osvaldo Barreto, Agricultura, além dos nove vereadores.
Fonte: SECOM/SJB

Comentários

Marcelo Martins disse…
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