Primeiro emprego para os jovens como bandeira

Reorganizar o movimento estudantil, visando um novo momento político que chega a Campos. Esse é o principal objetivo do estudante André Lacerda, 20 anos, reconduzido, no mês de fevereiro, à presidência da União da Juventude Socialista (UJS) no município. Depois de ser afastado por deliberação da presidência da União da Juventude Socialista (UJS) por declarar apoio para a então candidata à prefeita Rosinha Garotinho (PMDB) no segundo turno das eleições municipais no ano passado, André reassume a direção municipal da UJS e começou a colocar em prática as perspectivas e ações debatidas em plenária de filiados.
“Começamos uma grande campanha para a formação de grêmios estudantis nas escolas e diretórios acadêmicos nas universidades. Acreditamos que com a mobilização dos estudantes possamos estar organizando movimentos sociais e levando reivindicações ao novo governo municipal, politizando e conscientizando a juventude”, informou André, que espera ainda contribuir para a reconstrução de outra entidade estudantil, a Federação de Estudantes de Campos (FEC).
O primeiro emprego, o passe livre e a meia-entrada para os estudantes também estão entre as bandeiras que André, à frente da UJS, pretende levantar durante sua gestão, com final previsto para o fim do primeiro semestre de 2010. A proposta de uma lei que incentiva o primeiro emprego para os jovens e uma campanha para fiscalizar o cumprimento de meia-entrada em eventos culturais e do passe livre no transporte coletivo estão entre as ações que a UJS estuda colocar em prática.
“Temos três propostas de leis para a Câmara Municipal de Campos: uma para alterar a fiscalização da meia-entrada e as outras voltadas para o primeiro emprego para o jovem. Queremos propor aos vereadores uma lei que ofereça redução de impostos a empresas que oferecerem vagas a jovens que nunca trabalharam e outra que estabeleça a reserva de 20% das vagas de emprego para os jovens sem experiência anterior às empresas beneficiadas com o Fundecam”, adiantou André, criticando a falta de emprego para os jovens em um município que é considerado pólo universitário.

Para o universitário, o dinheiro público que é investido no pólo universitário, não é revertido para o desenvolvimento do município.
“A nossa expectativa é que avancemos com esse novo governo e que a prefeita Rosinha, que já assinou a nossa carta-compromisso, realize implementações nas áreas de Esporte e Cultura”, explicou o diretor, lembrando que, durante o Seminário de Políticas Públicas para a juventude, realizado em novembro de 2007 no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-Campos), a UJS deliberou uma carta da Juventude que foi entregue ao então prefeito Alexandre Mocaiber, ao Legislativo municipal e ao Judiciário. Nela, já constavam as reivindicações da juventude como o passe-livre, a garantia de meia-entrada, a criação de um Conselho Municipal de Juventude e aprovação de uma Lei Municipal de Incentivo ao Primeiro Emprego.

Mais rigor na fiscalização das leis municipais como principal meta da UJS
Segundo André, falta fiscalização efetiva para o cumprimento da lei municipal do passe-livre e para que a meia-entrada, regulamentada por leis federal, estadual e municipal, seja respeitada. As fraudes cometidas por aqueles que não são estudantes são os principais motivos para que se dificulte o acesso a programações esportivas e culturais com valor reduzido na opinião do presidente.
“Em Campos, a meia-entrada é respeitada apenas em cinema, jogo de futebol e show na Pecuária, quando deveria cobrir qualquer evento cultural. Situação semelhante, temos com o passe-livre, que defendemos, mas que falta fiscalização efetiva.
É um direito do estudante e não deve ser aceita restrição. Entendemos que o passe livre deve ser utilizado pelo estudante para qualquer atividade educacional, desde a ida à escola até a ida à casa de um colega para a realização de trabalho escolar e eventos que acrescentem ao processo educacional”, explicou.
Matéria publicada no Jornal O Diario hoje

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