Estudo analisa o impacto do trabalho em regime offshore
JAQUELINE e CARINE
As estudantes Carine Fernandes e Jaqueline Pitrez do curso de Administração da Faculdade Salesiana de Macaé (FSMA) desenvolveram um estudo sobre os problemas ocasionados pela atividade em plataformas petrolíferas. Entitulado “A mudança do comportamento do trabalhador em regime offshore”, o projeto será apresentado no 10º Congresso Internacional de Stress e Qualidade de Vida, que acontece de 22 a 24 de junho, em Porto Alegre. A co-autora é a professora da FSMA, Silvia Lourenço.
Pesquisas comprovam que, com o passar do tempo, profissionais que trabalham embarcados em plataformas marítimas tendem a apresentar distúrbios diversos que podem se agravar, interferindo no trabalho, na família e no meio social. Procurar entender como as pessoas reagem à rotina da profissão de petroleiro e identificar a influência desse ambiente na vida dos trabalhadores é o objetivo do estudo realizado na FSMA.
A professora Silvia Lourenço explica que foi feita uma pesquisa de campo com a aplicação de 22 questionários dissertativos para trabalhadores em regime offshore. Foram ouvidos funcionários da Petrobras e Perbras, com idade entre 20 e 59 anos, que trabalham em turnos de 12 horas (manhã e noite) e residem em diferentes regiões do país.
A pesquisa revelou que após começarem a trabalhar em regime offshore, as mudanças mais frequentes apresentadas pelos profissionais são ansiedade e irritabilidade, seguidas por impaciência, depressão e insônia. De acordo com a estudante Carine Fernandes, a principal causa do ‘estresse’ é o confinamento e a distância da família e amigos. “Mas há ainda outros fatores que favorecem esse quadro, como a exposição ao risco, o rígido modelo de trabalho imposto pelas empresas e a escala ininterrupta de 12h”, disse.
Para a estudante Jaqueline Pitrez é necessário dar atendimento psicológico a esses trabalhadores, assim como para os seus familiares, a fim de prepará-los para os impactos da atividade offshore. “Mesmo com os recursos disponíveis nas plataformas - salas de ginástica, de vídeo, acompanhamento nutricional, cursos e outros -, não encontramos nenhum profissional plenamente adaptado ao regime, o que demonstra a necessidade de um trabalho mais profundo com esses profissionais”, alertou uma das autoras.
Apesar dos problemas decorrentes do regime offshore, a pesquisa aponta o salário, seguido pelo regime de folga (14 x 14 na maioria dos casos), como atrativos do trabalho embarcado. “A estabilidade financeira leva as pessoas a esquecerem as desvantagens e riscos”, relatou Carine. Diante desse quadro, Jaqueline conclui que as empresas devem investir mais em qualidade de vida e programas de qualificação, assim como no acompanhamento psicológico dos funcionários, contribuindo para a manutenção da saúde física e mental de seus colaboradores.
As estudantes Carine Fernandes e Jaqueline Pitrez do curso de Administração da Faculdade Salesiana de Macaé (FSMA) desenvolveram um estudo sobre os problemas ocasionados pela atividade em plataformas petrolíferas. Entitulado “A mudança do comportamento do trabalhador em regime offshore”, o projeto será apresentado no 10º Congresso Internacional de Stress e Qualidade de Vida, que acontece de 22 a 24 de junho, em Porto Alegre. A co-autora é a professora da FSMA, Silvia Lourenço.
Pesquisas comprovam que, com o passar do tempo, profissionais que trabalham embarcados em plataformas marítimas tendem a apresentar distúrbios diversos que podem se agravar, interferindo no trabalho, na família e no meio social. Procurar entender como as pessoas reagem à rotina da profissão de petroleiro e identificar a influência desse ambiente na vida dos trabalhadores é o objetivo do estudo realizado na FSMA.
A professora Silvia Lourenço explica que foi feita uma pesquisa de campo com a aplicação de 22 questionários dissertativos para trabalhadores em regime offshore. Foram ouvidos funcionários da Petrobras e Perbras, com idade entre 20 e 59 anos, que trabalham em turnos de 12 horas (manhã e noite) e residem em diferentes regiões do país.
A pesquisa revelou que após começarem a trabalhar em regime offshore, as mudanças mais frequentes apresentadas pelos profissionais são ansiedade e irritabilidade, seguidas por impaciência, depressão e insônia. De acordo com a estudante Carine Fernandes, a principal causa do ‘estresse’ é o confinamento e a distância da família e amigos. “Mas há ainda outros fatores que favorecem esse quadro, como a exposição ao risco, o rígido modelo de trabalho imposto pelas empresas e a escala ininterrupta de 12h”, disse.
Para a estudante Jaqueline Pitrez é necessário dar atendimento psicológico a esses trabalhadores, assim como para os seus familiares, a fim de prepará-los para os impactos da atividade offshore. “Mesmo com os recursos disponíveis nas plataformas - salas de ginástica, de vídeo, acompanhamento nutricional, cursos e outros -, não encontramos nenhum profissional plenamente adaptado ao regime, o que demonstra a necessidade de um trabalho mais profundo com esses profissionais”, alertou uma das autoras.
Apesar dos problemas decorrentes do regime offshore, a pesquisa aponta o salário, seguido pelo regime de folga (14 x 14 na maioria dos casos), como atrativos do trabalho embarcado. “A estabilidade financeira leva as pessoas a esquecerem as desvantagens e riscos”, relatou Carine. Diante desse quadro, Jaqueline conclui que as empresas devem investir mais em qualidade de vida e programas de qualificação, assim como no acompanhamento psicológico dos funcionários, contribuindo para a manutenção da saúde física e mental de seus colaboradores.
Fonte: Assessoria de Comunicação Salesiana
Comentários