Jovens em defesa dos royalties
"O Petróleo é nosso" em 1947
"É uma proposta absurda! Caso seja aprovada, a educação pública em Campos sofrerá com a falta de recursos e ficará ainda mais difícil para o jovem entrar no mercado de trabalho", alertou Maycon, ressaltando que a FEC defende a aplicação de 50% dos royalties em educação.
"Se adotarmos essa lógica absurda que tramita na Câmara, todos os recursos oriundos da exploração das riquezas naturais no Brasil deveriam ser repassados para Campos. Se querem parar Campos, nós vamos parar o Brasil", disse Marcos Vinicius Tavares, diretor de políticas públicas da UJS, lamentando que os royalties não tenham sido aplicados como deveriam pelas últimas administrações.
A Federação dos Estudantes de Campos (FEC) e a União da Juventude Socialista (UJS) anunciaram ontem apoio à campanha em defesa da manutenção dos royalties para os municípios produtores de petróleo. As entidades se unem à outras importantes organizações da sociedade civil, que já aderiram ao movimento.
A Federação dos Estudantes de Campos (FEC) lançou uma campanha sob o lema "O petróleo é nosso e os royalties também". A iniciativa remete à história da FEC, de 1947 à 1953, quando a entidade lutou pela fundação da Petrobrás juntamente com estudantes de todo o Brasil na histórica campanha "O petróleo é nosso".
De acordo com o presidente da FEC, Maycon Prado, o objetivo é percorrer diversas escolas conscientizando os estudantes sobre a importância dos royalties do petróleo no desenvolvimento da região. Ele teme que a educação em Campos seja sucateada, caso a emenda do deputado Ibsen Pinheiro seja aprovada.
"É uma proposta absurda! Caso seja aprovada, a educação pública em Campos sofrerá com a falta de recursos e ficará ainda mais difícil para o jovem entrar no mercado de trabalho", alertou Maycon, ressaltando que a FEC defende a aplicação de 50% dos royalties em educação.
Quem também está preocupada com a perda dos royalties é a União da Juventude Socialista (UJS). A entidade acredita que a emenda possa ser rejeitada no Congresso Nacional e anunciou que mobilizará toda a juventude para participar das manifestações em defesa dos royalties.
Para o diretor de políticas públicas da UJS e trabalhor do ramo petrolífero, Marcos Vinicius Tavares, os royalties são uma compensação pelos danos ambientais sofridos pelo município em virtude da exploração do petróleo. Ele acredita que a aprovação da emenda trará graves consequências para os municípios produtores.
"Se adotarmos essa lógica absurda que tramita na Câmara, todos os recursos oriundos da exploração das riquezas naturais no Brasil deveriam ser repassados para Campos. Se querem parar Campos, nós vamos parar o Brasil", disse Marcos Vinicius Tavares, diretor de políticas públicas da UJS, lamentando que os royalties não tenham sido aplicados como deveriam pelas últimas administrações.
Comentários
ESTADOS PRODUTORES? PETRÓLEO NÃO SE PRODUZ, SE EXTRAI.
Não existem estados produtores, não se produz petróleo, se extrai, e quem é responsável pela extração é a União, detentora, segundo um tal documento, Constituição Federal, sabem o que é isso?
Segundo a Constituição os recursos naturais são de responsabilidade da União.
Não podemos baixar a cabeça e aceitar a ganância incontrolável de políticos egoístas, que fazem dessa bandeira uma forma de se consolidar eleitoralmente.
Não podemos ter dentro de um mesmo país, alguns gozando do melhor que uma sociedade pode ter, enquanto outros tem de lutar por sua sobrevivência, isso é inaceitável.