Exposição fotográfica Africanidades no Teatro Trianon marca Dia da Consciência Negra



Em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra o Teatro Trianon recebe a Exposição fotográfica Africanidades, do fotógrafo campista Wellington Cordeiro. A mostra será aberta na sexta-feira, 19 de novembro às 20h e contará com uma apresentação da sambista Lene Moraes e com uma homenagem ao sambista Geraldo Gamboa. As imagens poderão ser contempladas até o final do mês no foyer do Teatro.

A exposição Africanidades é o resultado do projeto de pesquisa iconográfica que o fotógrafo Wellington Cordeiro vem desenvolvendo nos quilombos da região Norte Fluminense. As fotografias retratam principalmente o cotidiano dos moradores de comunidades quilombolas de Campos dos Goytacazes, São Francisco do Itabapoana e Quissamã. O projeto ganhou maior notoriedade com a viagem para a Angola a fim de retratar o local de onde partiram os negros que foram escravizados na região norte do Estado do Rio de Janeiro. Em posse desse material, o fotógrafo campista organizou uma mostra fotográfica que consiste num comparativo entre o povo africano e os afro-descendentes da região.

Para o fotógrafo, a viagem a Angola que ocorreu em 2008, foi antes de mais nada, a realização de um antigo sonho que era fotografar no continente africano, visto que sua formação dentro da linguagem fotográfica foi desde o início enriquecida por fotografias do grande fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, um dos maiores foto-documentaristas do mundo, que possui um rico acervo de fotos de países africanos.

Quanto aos desafios da viagem, ele afirma que “já os previa, desde que recebi a incumbência da Fundação de Cultura de Quissamã de integrar a comitiva de pesquisa numa viagem à Angola, passei a pesquisar com fotógrafos brasileiros que já tivessem essa experiência para me repassar dicas de como saná-las. Somente o fato de você se encontrar num ambiente estrangeiro, por si só já é um dificultador, mesmo sendo um país de língua portuguesa, o que facilita na comunicação, a cultura e os costumes são distintos e por isso mesmo, trás certa problemática. Posso citar o fato de Angola ter passado por muito tempo sob a colonização portuguesa e mais recentemente cerca de 30 anos de guerra civil, que acabou há pouco tempo (2002) fez com que o povo angolano ficasse com muitas ressalvas ao turista estrangeiro. Principalmente quando se tenta registrar imagens pelas ruas das cidades”.

Momento que promete grande emoção será a homenagem ao bamba do samba de Campos, Geraldo Gamboa. O sambista 81 anos é um dos mais importantes integrantes da velha guarda do samba de Campos. A noite reserva ainda a animação característica do samba na voz da sambista Lene Moraes que mostrará o melhor do samba de raiz, ritmo de herança africana.

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