UBES dá início ao debate sobre o ensino tecnológico no Brasil


A abertura da décima edição do Encontro Nacional de Escolas Técnicas (ENET) coloca em pauta a discussão sobre os rumos do ensino profissional
Estudantes de todo o País marcaram presença no auditório do Centro Universitário Metropolitano de São Paulo (Unifig), em Guarulhos, na tarde desta segunda-feira para debater os novos rumos do ensino tecnológico brasileiro.
Na mesa de debates o presidente da UBES, Ismael Cardoso, os diretores da entidade, Gregório Gold e Pedro Moura, o presidente da UPES, Arthur Herculano, o representante da APEOESP, professor Douglas Izzo, Alexandre Vidor, da Secretaria de ensino tecnológico do Ministério da Educação e Victor Madeira do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Rio de Janeiro.
Os participantes ressaltaram o fato de o ensino profissional ter sido pensado, em sua concepção, para formar mão de obra para empresas. "Não queremos ser apertadores de parafuso. É preciso repensar o ensino tecnológico para que contemple nossa formação e sirva à soberania nacional", defendeu Gregório.
Alexandre Vidor, representante da Secretaria de Ensino Profissional e Tecnológico afirmou que o viés desta vertente da educação está mudando. "A visão é formar um profissional que não seja meramente executor. Queremos implementar no ensino profissional uma formação humana, preparar indivíduos para que sejam dirigentes, seres pensantes".
Arthur, presidente da UPES, reforçou a importância de o ENET acontecer em SP. "No Estado mais rico do Brasil, o maquinário das escolas técnicas data de 50 anos atrás. É bom que se construa aqui, a luta pela melhoria do ensino técnico para mostrar que nós estudantes não aceitamos a política de sucateamento da educação de Serra.
Douglas Izzo, da APEOESP reiterou. "A qualidade do ensino muito baixa. Pesquisas comprovam que o aluno entra na escola, mas não aprende. O que nos unifica hoje é a luta pelo ensino de qualidade para os filhos da classe trabalhadora. Essa luta é também por melhores condições para os trabalhadores da educação".
Victor Madeira foi enfático ao definir: "o ensino técnico dá a possibilidade dos filhos do proletariado terem uma profissão e se desenvolverem. Queremos que a juventude possa se especializar para poder servir a população brasileira" e completou: "Hoje, a educação está vinculada ao mercado. Queremos um Estado que priorize a formação e que dê oportunidade aos trabalhadores. Saúdo a iniciativa da UBES em protagonizar um debate para rediscutir o ensino profissional".
"Precisamos dar o devido grau de importância a esses estudantes que serão a força motriz deste País", resumiu o diretor da UBES, Pedro Moura. Amanhã, terça-feira (9) o ENET promoverá uma série de atividades que incluem os debates "A Implementação do Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia" e "Financiamento- Pré-sal" e grupos de discussão sobre acesso e permanência, Rede Estadual e Municipal de Educação Tecnológica, estágio e pesquisa e desenvolvimento científico.

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