1º Encontro Nacional dos Estudantes do ProUni lota Centro de Convenções em Brasília
1º Encontro Nacional dos Estudantes do ProUni lota Centro de Convenções em Brasília
O presidente Lula recebeu dos estudantes uma carta que sintetizou as reivindicações e propostas para o aperfeiçoamento do programa, fruto de 8 encontros realizados em diversos estados em 2007 e 2008
O 1º Encontro Nacional dos Estudantes do ProUni reuniu cerca de 4 mil pessoas no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Pela primeira vez em 72 anos de história da UNE, um Presidente da República participa de um Congresso dfa entidade e se mostrou aberto a ouvir críticas, sugestões e as propostas dos estudantes.
O Encontro começou por volta das 11h da manhã. A presidente da UNE, Lúcia Stumpf, abriu o evento com um discurso que reforçou a necessidade de mudanças na estrutura do ensino superior brasileiro e reivindicou que 10% do PIB seja revertido à educação. Ela afirmou que a democratização do ensino é um direito de todos e que estamos caminhando neste quesito. "Estamos aqui para garantir que a universidade não reproduza o cenário de exclusão social. Por isso, exigimos a radical democratização do acesso ao ensino superior".
Outro ponto importante levantado por Lúcia no Encontro foi a regulamentação das universidades privadas, proposta que está no Projeto de Reforma Universitária da UNE em tramitação na Câmara dos Deputados. O alto custo das universidades privadas faz com que muitos sejam excluídos da realidade acadêmica. "A educação não é mercadoria. Torna-se cada vez mais necessária a regulamentação para que os valores não sejam abusivos. Isso tem ligação direta com esse encontro", disse a presidente da UNE.
Em seguida, a diretora de universidades privadas da UNE, Débora Pereira e o representante da entidade no Conselho de acompanhamento do ProUni Antonio Ananias, leram uma carta que sintetizou as reivindicações e propostas para o aperfeiçoamento do programa, fruto de 8 encontros realizados em diversos estados em 2007 e 2008 que contaram com a participação maciça de estudantes.
O ministro interino da Educação, José Henrique Paim e os Ministros dos Esportes, Orlando Silva, da Igualdade Racial, Edson Santos, da Pesca, Altemir Gregolin, do Turismo, Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho, da Secretaria Especial de Direitos Humanos Paulo Vannuchi, além do reitor da UnB, José Geraldo Júnior também compuseram a mesa do encontro, ao lado do Presidente Lula e da Ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Roussef.
Com a platéia entoando palavras de ordem como "O filho do pedreiro vai poder virar doutor", o presidente Lula iniciou seu discurso agradecendo o papel desempenhado pela UNE. "Houve um tempo em que a sociedade não dialogava com o governo por receio. Muito mais dos que discutir isenções de impostos, nos preocupamos com os alunos que ocuparão os bancos das universidades. A UNE compreendeu o intuito, apóia e contribui para o aprimoramento do programa". Ele elogiou os encontros do ProUni promovidos pela entidade," é uma conquista da UNE a abertura de um espaço de debate dos prounistas dentro da universidade".
Mostrando-se totalmente aberto às críticas, o presidente lembrou que a primeira turma de prounistas se formará em breve e prometeu que será feita uma avaliação do sistema com estes estudantes para aperfeiçoar o Programa.
Também participaram do encontro os ex dirigentes da UNE Manuela D’Ávila e Aldo Rebelo, deputados federais, Danilo Moreira, secretário-adjunto da Secretaria Nacional de Juventude,
Lula ainda pediu a participação dos estudantes no governo. "Se nós errarmos, queremos saber" e exaltou todos os atos da UNE que lhe competem a autonomia necessária "temos uma relação civilizada, democrática e autônoma. Temos a liberdade de dizer quando não concordamos. A UNE se mantém isenta e vai às ruas em protesto. Essa relação contribui para manter o diálogo civilizado entre o Estado e o Movimento Estudantil".
No documento entregue ao presidente estavam várias sugestões e reivindicações como a criação de uma política de assistência estudantil direcionada aos prounistas, programas de inclusão no mercado de trabalho, critérios mais claros para as regras do programa, o fim da comprovação de renda anual, igualdade nos espaços da universidade e incentivo a pós-graduação. Da Redação
Comentários