Dia do Índio - Tribo Goytacazes
Os Goitacazes foram um grupo indígena, atualmente considerado extinto, que habitava no século XVI a região costeira entre o rio São Mateus, no estado brasileiro do Espírito Santo e a foz do rio Paraíba, no estado do Rio de Janeiro.
"O índio Goitacaz é o senhor absoluto das terras no tempo da Capitania de São Thomé, depois do Paraíba do Sul" Relato de Osório Peixoto em seu livro "500 anos dos Campos dos Goytacazes".
"Goitacaz" quer dizer corredor, nadador ou caranguejo grande comedor de gentes. Fisicamente possuíam pele mais clara, eram mais altos e robustos que os demais índios do litoral. Reuniam ainda uma "força extraordinária e sabiam manejar o arco com destreza"
"O índio Goitacaz é o senhor absoluto das terras no tempo da Capitania de São Thomé, depois do Paraíba do Sul" Relato de Osório Peixoto em seu livro "500 anos dos Campos dos Goytacazes".
"Goitacaz" quer dizer corredor, nadador ou caranguejo grande comedor de gentes. Fisicamente possuíam pele mais clara, eram mais altos e robustos que os demais índios do litoral. Reuniam ainda uma "força extraordinária e sabiam manejar o arco com destreza"
Tinham o hábito de de dançar e cantar em ocasiões festivas, usando o jenipapo para a pintura do corpo e penas de aves com as quais adornavam seus objetos. Viviam nus, raspando o cabelo no alto da cabeça, deixando-o comprido, formando uma longa cabeleira.
Sua alimentação constava de frutos, raízes, mel e, principalmente, de caça e pesca. Eram superticiosos quanto à água para beber, não bebendo-a de rios e lagoas, mas sim das cacimbas.
Mantinham comércio com os colonizadores europeus, mas com uma peculiaridade: não se comunicavam com seus colonizadores! Deixavam seus produtos em lugar mais elevado e limpo ficando à distância, observando as trocas. Davam mel, cera, pescado, caça e frutos em troca de enxadas, foices, aguardente e missangas.
Assim como os demais povos indígenas, os Goitacazes guerreavam entre si e seus vizinhos. "Quando não se julgam fortes fogem com ligeireza comparável a dos veados."
Além do arco e da flecha faziam com perfeição trabalhos com penas de aves, multicoloridas, usando-as no corpo e nas armas e também em ocasiões festivas. Trabalhavam o barro, enterrando seus mortos em igaçabas. Faziam machados de pedra, jangadas, trabalhavam com bambu e trançavam redes de fibra e cordas.
Os Goitacazes sofreram um massacre histórico. Após esse episódio praticamente desapareceram. Calcula-se que eram cerca de 12 mil.
Foram homenageados por José de Alencar em seu romance 'O Guarani'. Nesta obra, o protagonista, Peri, é um índio goitacáz que realiza grandes proezas, lutando contra os aimorés, o homem branco e até contra os elementos naturais, tudo para agradar e salvar sua predileta, Cecília, filha de um nobre português.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Goitacazes"
Sua alimentação constava de frutos, raízes, mel e, principalmente, de caça e pesca. Eram superticiosos quanto à água para beber, não bebendo-a de rios e lagoas, mas sim das cacimbas.
Mantinham comércio com os colonizadores europeus, mas com uma peculiaridade: não se comunicavam com seus colonizadores! Deixavam seus produtos em lugar mais elevado e limpo ficando à distância, observando as trocas. Davam mel, cera, pescado, caça e frutos em troca de enxadas, foices, aguardente e missangas.
Assim como os demais povos indígenas, os Goitacazes guerreavam entre si e seus vizinhos. "Quando não se julgam fortes fogem com ligeireza comparável a dos veados."
Além do arco e da flecha faziam com perfeição trabalhos com penas de aves, multicoloridas, usando-as no corpo e nas armas e também em ocasiões festivas. Trabalhavam o barro, enterrando seus mortos em igaçabas. Faziam machados de pedra, jangadas, trabalhavam com bambu e trançavam redes de fibra e cordas.
Os Goitacazes sofreram um massacre histórico. Após esse episódio praticamente desapareceram. Calcula-se que eram cerca de 12 mil.
Foram homenageados por José de Alencar em seu romance 'O Guarani'. Nesta obra, o protagonista, Peri, é um índio goitacáz que realiza grandes proezas, lutando contra os aimorés, o homem branco e até contra os elementos naturais, tudo para agradar e salvar sua predileta, Cecília, filha de um nobre português.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Goitacazes"
Comentários
minha avó se chamava Corinta Goiatá Caimopí e era casada com Caetano de Vasconcellos.
Meu nome é Geraldo Angelo de Vasconcellos.
Caso alguém tenha mais informações me mande por favor.
rutefreitas@ig.com.br
http://www.facebook.com/profile.php?id=100000916255539
https://www.facebook.com/gabrielazahra?ref=tn_tnmn.
ficarei grata.
Amamos nosso Índio Goitacá e o queremos de volta!
Que seja uma nova estatua,porem meu coração fica partido ao ver o esquecimento e o desprezo que infligiram ao representante de nossa cultura... ignorado e mais uma vez dizimado! É de chorar de tristeza,um País,uma sociedade que n preserva sua própria historia, Lamentável!!!!
Créditos a Belíssima Matéria de : Priscilla Alves/ G1.
http://g1.globo.com/rj/norte-fluminense/noticia/2013/05/abandonada-ha-7-anos-estatua-de-indio-em-campos-rj-sera-destruida.html
Att Luciano Couto
lucianoeletricidade@hotmail.com
quero muito saber sobre esse indio, já que é pesquisadora, poderia me ajudar?
Grupo no Facebook: Ancestralidade Goytacá
Esse grupo visa reunir histórias, fotos, vídeos sobre os nossos ancestrais indígenas da área que hoje é Campos dos Goytacazes e região. Em nossa região viveram os goitacá, tupinambás e outras etnias. Pretende-se regatar a memória de nossos avós, bisavós e tataravós; forma de honrá-l@s e e agradecer por estarmos vivos. Escreva sua história e fique a vontade para compartilhar noticias sobre nossos ancestrais indígenas. Vamos juntos fazer nossas memórias e afetos, renascerem e se encontrarem! Fotos de nossa natureza local são bem vindas também!
*É permitida a divulgação de meditação, terapias alternativas e outros recursos que facilitam o acesso a afetos ancestrais.
https://www.facebook.com/groups/2458898594372628/permalink/2459592984303189/?sfnsn=wiwspmo&extid=eZEJmxznQlOpFeVV
Quem eram os Goitacazes?
Os Goitacazes formaram um grupo indígena, hoje extinto, que habitava no século XVI a região costeira entre o rio São Mateus, no Espírito Santo e a foz do rio Paraíba, no Rio de Janeiro. ”Goitacaz“ quer dizer corredor, nadador ou caranguejo grande comedor de gentes. Fisicamente possuíam pele mais clara; eram mais altos e robustos que os demais índios do litoral. Considerados muito perigosos entre outras características, por sua extraordinária força.
Aqui estão essas passagens, encontradas no livro Capitães do Brasil, de Eduardo Bueno, páginas 106 e 107:
De acordo com o relato de frei Vicente do Salvador (1564-1639), os Goitacazes mais pareciam ” homens anfíbios do que terrestres”, que nenhum branco era capaz de capturar, pois “ao se verem acossados, metem-se dentro das lagoas, onde ninguém os alcança, seja a pé, de barco ou a cavalo. “ Ainda conforme frei Vicente, os Goitacazes eram capazes de capturar peixes ” a braço, mesmo que sejam tubarões, para os quais levam um pau que lhes metem na boca aberta, que não a pode cerrar com o pau; com a outra mão lhe tiram por ela as entranhas, e com elas a vida, e o levam para terra, não tanto para os comerem, como para dos dentes fazerem as pontas de suas flechas, que são peçonhentas e mortíferas”.
Se não comiam tubarões, os Goitacazes eram, segundo o francês Jean de Léry (1534-1611), ”grandes apreciadores da carne humana que comem por mantimento e não por vingança ou pela antiguidade de seus ódios”. Para Léry, a tribo deveria ser considerada a mais bárbara, cruel e indomável das Nações do Novo Mundo: selvagens, estranhos e ferozes, que não só "não conseguem viver em paz entre si, como mantêm guerra permanente contra seus vizinhos e contra estrangeiros".
Embora rival de Léry, o cosmógrafo André Thevet ( 1502-1592) confirma o relato de seu desafeto. Thevet afirmou que, após capturar um inimigo, os Goitacazes “imediatamente trucidam e o comem seus pedaços quase crus, como fazem com outras carnes”.
PARA PENSAR...
O ÍNDIO E A ESTÁTUA
Eu fico imaginando, qual seria a reação que teria um guerreiro da tribo goitacá, se pudesse viajar no tempo e ver a "homenagem" que nossas autoridades andaram prestando a ele. Tenho certeza de que não ficaria feliz com isso. E de acordo com a personalidade deste guerreiro, provavelmente, ia botar para correr da cidade muita gente.
Campos "dos Goytacazes", uma estátua, história... Até que a intenção, sem dúvida alguma foi muito boa. O local escolhido também, bem adequado. Parabéns pela iniciativa.
Agora sim, Campos teria parte de sua história sendo mostrada para todos que por aqui passassem.
E assim foi feito.
depois eu posto mais..
A VERDADEIRA HISTÓRIA DO ÍNDIO GOITACÁ
O rei de Portugal D. João III doou as terras entre o Cabo de São Thomé e Cabo Frio a Pero de Góes, que aqui desembarcou em 1539. A Capitania de São Thomé tinha 30 léguas de costa, e, para colonizá-la, Pero convidou o amigo Martim Garcia, alguns parentes e dez ou vinte colonos. Eles fundaram uma povoação entre os rios Itabapoana e Paraíba do Sul, na região do atual município de São João da Barra, batizando-a de Vila da Rainha, onde plantaram as primeiras mudas de cana-de-açúcar do estado. Segundo o frei Vicente do Salvador, que escreveu uma história do Brasil em 1627, a povoação esteve bem nos dois primeiros anos. Depois, os índios se insurgiram e atacaram o povoado durante cinco ou seis anos, intercalados por breves tréguas. O fidalgo não suportou a sequência de ataques e partiu com sua gente para o Espírito Santo, usando embarcações que lhe emprestou o negociante Martim Ferreira. Num dos trechos do livro, o padre diz o seguinte: “No distrito desta terra dos Aitacazes, que é toda baixa e alagadiça, estes gentios vivem mais à maneira de homens marinhos do que terrestres; e assim nunca se poderão conquistar [...] porque quando se tenta colocar as mãos neles, metem-se dentro das lagoas, onde não há entradas a pé nem a cavalo; são grandes nadadores e a braços tomam peixe, ainda que sejam tubarões, para o que levam um pau de mais ou menos um palmo que lhes metem na boca direito, e como o tubarão fique com a boca aberta, [...] com a outra mão lhe tiram as entranhas. [...] Os levam para a terra não tanto para os comerem, mas para dos dentes fazerem as pontas de suas flechas, que são peçonhentas e mortíferas, e para provarem força e ligeireza. Dizem que as provam com os veados nas campinas, tomando-os a punhos, e ainda com os tigres e onças e outros ferozes animais. “Estas e outras incríveis coisas se contam deste gentio, creia-as quem quiser, porque nunca foi alguém ao seu poder que retornasse com vida para contar”. Na ‘Historie Pittoresque des Voyages’, também faz outro relato assustador sobre os Goitacás, que seriam canibais que adoravam carne européia. Diz parte do texto: “Os Ouetacás não cessam de guerrear seus vizinhos e não recebem estrangeiros entre eles para negociarem. Quando eles não se julgam mais fortes, fogem com ligeireza comparável à dos veados. Seu porte sujo e asqueiroso, seu olhar feroz e sua fisionomia brutal fazem dele o povo mais odioso do Universo; ele se distingue da maior parte dos indígenas do Brasil pela sua cabeleira a qual deixam cair pelas costas e só cortam um pequeno círculo na fronte. Sua linguagem não parece com as dos mais próximos vizinhos. Não se trata com eles senão de longe e sempre com a arma em punho, para reprimir pelo medo um apetite desordenado que se excita neles à vista da carne branca dos europeus. As permutas se fazem à distância de cem passos, quero dizer, de uma a outra parte se leva a um lugar igualmente distanciado as mercadorias. Amostram-nas de longe, sem pronunciar uma palavra e cada um deixa ou toma o que lhe convém. Mais parece que a desconfiança é recíproca e que, se os portugueses temem serem devorados, os Ouetacás não temem menos a escravidão”. Como se vê, tudo o que norteava a atitude arredia dos índios de Campos era a manutenção de sua soberania e liberdade. Aos portugueses, qualquer ato que impedisse a colonização era tido como criminoso, razão pela qual tão facilmente se disseminaram as histórias de canibalismo. Se um índio fosse pego cortando uma cana ou um cacho de bananas, atos que para ele eram o costume desde tempo imemoriais, seria logo castigado ou escravizado; sem compreender a punição, os índios, logo que se soltavam, retornavam à tribo para dar conta da violência que sofreram, despertando o compreensível clamor de vingança entre os seus. Os Goitacás, então, atacavam os telhados dos colonos, feitos de palha, com flechas incendiárias, para depois alvejarem seus moradores.
A verdade sobre o apetite de carne humana: havia entre os índios da região, Goitacás ou não, a tradição de comer a carne e beber o sangue do inimigo derrotado, tanto para reincorporar à tribo o espírito de antepassados mortos pelo inimigo, quanto para dar coragem aos novos guerreiros. O capturado era engordado e tinha à disposição uma índia que lhe prestava os mais diversos serviços até o dia da execução. Nesse dia, toda a tribo bebia e dançava, inclusive o prisioneiro, que depois tinha o corpo atado. Era levado às tribos vizinhas, onde podia contar como já havia amarrado seus inimigos e como sua tribo viria vingar sua iminente morte. De volta à tribo Goitacá, ao prisioneiro era dado um monte de pedras, e os guardas diziam: “que antes de sua morte lhe seja concedido o direito de se vingar!” O prisioneiro podia atirar as pedras nos dominadores, e várias pessoas saíam feridas neste ritual. Descarregada a raiva, o executor, que até então se mantinha oculto, se aproximava armado da ‘tangapemma’, um tacape todo enfeitado com penas. O carrasco indagava ao prisioneiro se era verdade que ele tinha matado e comido alguns companheiros, e era a glória do quase morto lançar um último desafio: “Dá-me a liberdade e eu te comerei a ti e aos teus!” Assumido o ‘crime’, o golpe com a pesada clava era desferido neste momento, e a índia que cuidara do prisioneiro se aproximava para chorar um pouco. Ela mesma, entretanto, se serviria daquela carne mais tarde. Outras mulheres lavavam e cortavam o corpo, esfregando o sangue nas crianças para nelas criar bravura. Os portugueses também se assustavam com a grande quantidade de ossadas que viam pela tribo e que os Goitacás tinham orgulho de mostrar. Mas tudo não passava de ritual de guerra, repetido por gerações e gerações até o extermínio dos indígenas.
CAÇADORES HOSPITALEIROS
Os Goitacás sempre foram hospitaleiros com náufragos e fugitivos, além de convidarem tribos amigas para suas festas. Veneravam um ser supremo, Tupã, ao qual se dirigiam com voz de lamento nas ocasiões de trovoadas. Os colonizadores de tudo fizeram para exterminar os antigos habitantes da planície, dando a eles até roupas de doentes para que morressem em grande quantidade, muitas vezes a tribo inteira. Para a história dominante, os colonizadores foram heróis que desbravaram uma terra selvagem, enquanto os índios eram apenas animais que se alimentavam de carne humana. Como vimos, a realidade não foi bem essa, e, se alguém teve os direitos desrespeitados, foram os índios, expulsos do lugar que sempre habitaram.
Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro
Fonte: Revista Municípios em Destaque.
Imagem: Acervo do Instituto Historiar.
DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna João 3:16.
JESUS TE AMA.