Fla vence o Botafogo e conquista a Taça Guanabara




Foi um jogão, digno das tradições de Flamengo e Botafogo, com direito a Maracanã lotado, golaço, expulsões e bola na trave no último lance. No final, melhor para o rubro-negro, que soltou o grito de "bicampeão" e conquistou o 18º título da Taça Guanabara e dançou o "Créu" por último. Íbson e Diego Tardelli marcaram para o Fla, com Wellington Paulista fazendo o gol do alvinegro.
O jogo começou a mil por hora, com os dois times correndo muito e buscando o ataque. Com menos de um minuto de jogo, Leo Moura cruzou da direita e Souza por pouco não chegou na bola
. Em seguida, o Botafogo deu o troco, com Adriano Felício, de cabeça.
Mas quem chegou com perigo mesmo foi o time rubro-negro, aos 13. Após boa troca de passes entre Souza e Íbson a bola sobrou para Jaílton, que soltou uma bomba, por cima do gol de Castillo.
A partir daí, o Fla impôs mais o ritmo e passou a ter mais posse de bola e o domínio do meio campo. O Botafogo esperava para sair no contra-ataque. Foi numa dessas saídas rápidas, aos 27, que o alvinegro abriu o placar. Wellington Paulista fez grande jogada, passou por dois adversários e chutou cruzado.
O gol animou o Botafogo, que equilibrou as ações no meio-campo. Íbson, que era o melhor do Fla em campo, chegou a reclamar com Joel que estav difícil penetrar na defesa adversária. Aos 41, Souza cabeceou um cruzamento da esquerda e a bola, que ia no gol, bateu na cabeça de Ferrero.
Na saída para o intervalo, Íbson lamentou a flaha no lance do gol.
"Mais uma vez começamos bem o jogo e tomamos o gol numa desatenção nossa", disse.
Já, Wellington Paulista, comemorou o bonito gol:
"Não é qualquer um que faz um gol com o Maracanã lotado. Temos que manter a postura no segundo tempo para sairmos campeões".

Na volta para o segundo tempo, Joel Santana fez duas substituições. Entraram Kleberson e Obina nos lugares de Jaílton e Marcinho, respectivamente. Assim como na primeira etapa, o Fla começou indo para cima, com Obina e Souza arriscando chutes de longe. Aos seis, o Botafogo teve boa chance para fazer o segundo. Zé Carlos bateu falta na barreira, e a bola sobrou para o zagueiro Ferrero, que cabeceou em cima de Bruno. No lance seguinte, em um contra-ataque rápido, Zé Carlos soltou uma bomba por cima do gol de Bruno, levantando a torcida alvinegra.
O Fla voltou a assutar aos oito, em chute de Souza, e aos 11, com Kleberson, mas foi Obina quem mais levou perigo, aos 14, em cabeçada perigosa após cobrança de escanteio. Um minuto depois, Ferrero puxou Fábio Luciano dentro da área e o árbitro marcou pênalti. Aos 17, Íbson bateu no canto direito de Castillo e empatou. Souza foi buscar a bola dentro do gol e se desentendeu com Castillo. Os campanheiros de ambos se meteram e o jogo teve que ser paralisado. Após a confusão, o juiz expulsou o camisa nove rubro-negro e Zé Carlos, que deixou o campo chorando. "Eu não fiz nada", dizia ele, revoltado.

Aos 26, Obina invadiu a área, mas Castillo cortou antes que o atacante pudesse finalizar. Dois minutos depois, Lucio Flávio parou um contra-ataque com falta e também foi expulso. A partir daí o jogo ficou muito nervoso e as chances de gol diminuíram.
Aos 34, Wellington Paulista perdeu grande chance chutando em cima de Ronaldo Angelim. Aos 46, quando parecia que o jogo iria para os pênaltis, Diego Tardelli chutou colocado da entrada da área e fez o segundo. Mas a garantia do título só veio mesmo no último lance do jogo, quando Edson acertou a trave de Bruno. Depóis disso, o apito final e a comemoração, com direito a "Créu" dos jogadores e da torcida.

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