PREFEITURA DE SÃO JOÃO DA BARRA MONTA ESTRUTURA EMERGENCIAL DEVIDO À POLUIÇÃO DO RIO PARAÍBA DO SUL
São João da Barra é mais um dos municípios fluminenses a sofrer as conseqüências do vazamento de resíduos tóxicos no Rio Pirapitinga, afluente do Paraíba do Sul. O acidente ocorreu no último dia 18, na Servatis, uma empresa de processamento de inseticidas em Resende, região Sul do Estado. A poluição chegou à cidade na quarta-feira (26) e, além de causar a morte de diferentes espécies de peixes, obrigou a Cedae a interromper a captação e o abastecimento d’água na sede do município. Nas praias de Atafona, Chapéu do Sol e Grussaí, onde parte da água distribuída também é oriunda do sistema de captação no Paraíba do Sul, o abastecimento foi suspenso em 50%. Uma equipe da Feema chegou a São João da Barra na tarde de quarta-feira para fazer o monitoramento do rio. “Coletamos a água para que seja feita a analise do grau de contaminação e, dependendo do resultado, a captação já pode estar liberada já nesta sexta-feira”, explica o técnico ambiental da Feema, Ronaldo Poly, lembrando que oito espécies de peixes também foram recolhidas para análise. Enquanto isso, a população está sendo orientada a economizar água. Um esquema emergencial foi montado pela prefeitura, através da secretaria de Meio Ambiente e da coordenadoria municipal de Defesa Civil, com sistema de distribuição coletiva em 12 pontos estratégicos da sede do município e com abastecimento de água potável em escolas, hospitais, clínicas e postos de saúde. — Disponibilizamos 12 caixas d’água de cinco mil litros, que estão sendo abastecidas por quatro caminhões-pipa, colocados à disposição da Cedae pela prefeitura. A água potável vem de um manancial existe na localidade de Barcelos — ressalta Felício Valiengo, coordenador municipal de Defesa Civil de São João da Barra. Uma intensa divulgação junto à população, alertando-a para não consumir, em nenhuma hipótese, peixes oriundos do Rio Paraíba, sob risco de contaminação, está sendo realizada. “Estamos, também, recolhendo todos os peixes mortos para que possamos dar um destino adequado, provavelmente a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) para incineração, já que não é conveniente enterrá-los sob o risco de contribuir para a contaminação do solo”, explica o secretário municipal e Meio Ambiente, Marcos Sá.
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