Apenas uma reflexão

(É pela paz que eu não seguir admitindo)
A minha alma - O Rappa
Faltam apenas algumas horas para que os eleitores de Campos escolham o(a) próximo(a) prefeito(a), através do voto direto, um dos instrumentos legais existentes no Estado Democrático de Direito.
Uma oportunidade como está somente será possível daqui a quatro anos, se tudo transcorrer dentro da normalidade, sem os grandes contratempos que são comuns nos pleitos aqui na planície Goytacá.
Já fiz a minha escolha, a qual não foi fácil, pois isso aconteceu em meio a discussões calorosas, com até rompimento de amizades, para abraçar de corpo e alma uma candidatura, que tem erros, como qualquer uma outra, mas que no meu entendimento, representa a alternância do poder, o que é possível apenas na democracia.
Não pude acompanhar pessoalmente as duas últimas eleições em Campos, pois estava residindo nas Minas Gerais, o que de certa forma deixou uma lacuna, onde as avaliações feitas eram baseadas no contato com amigos em Campos e através da mídia, em especial ao blog de um grande amigo, pois sabia que era difícil acreditar na veracidade das informações passadas pelos dois maiores jornais (em tiragem) da cidade.
Hoje, refleti muito sobre isso, caminhei pelas ruas da cidade, em Guarus, no Centro e outros bairros, vi que a cidade de Campos precisa ser cuidada como a nossa casa, que merece ter um governante com pulso para desenvolver políticas públicas sérias, com planejamento, estatísticas e mais que tudo isso, com ação, transparência, coerência e que tenha zelo com a coisa pública, o bem comum, que não pode ser em hipótese nenhum usado para fins pessoais, para enriquecimento ilícito.
Torço muito para que nossa cidade não mais esteja na mídia sempre associada a práticas políticas nefastas.
No primeiro turno, vi várias equipes de rádios, TVs, e grandes jornais fazendo a cobertura das eleições em Campos, daí perceber que não se trata de uma simples cidade.
Uma cidade que recebe milhões de reais em recursos e indenizações, mas que nos últimos anos não foi capaz de se desenvolver de forma séria, de atrair grandes investimentos, que não foi capaz de gerar empregos para absorver a mão-de-obra oriunda das universidades e instituições de ensino profissionalizante.
Uma cidade que vê uma das suas vocações, a economia canavieira definhando, enquanto no resto do país, os combustíveis não fósseis, como o etanol e o bio-diesel vão ocupando cada vez mais espaço no mercado nacional e internacional.
Temos uma frota de veículos que fazem o transporte coletivo sucateada, não tanto por culpa dos empresários, que concorrem em julgo desigual com o transporte pirata ou clandestino, este último que ora é permitido, ora proibido e perseguido, porque até hoje não houve interesse em legalizá-lo, discipliná-lo, através de uma infraestrutura, como padronização da frota, construção de terminais.
Várias cidades ao nosso redor conseguiram avançar com os recursos dos royalties, e me pergunto, porque isso não aconteceu com a minha cidade?
Assim como a educação, o saneamento, o planejamento do trânsito na cidade.
Enfim, são muitas questões que pairam sobre a minha cabeça e que torço para que resultem em ações positivas e propositivas a partir do dia primeiro de janeiro de 2009.
Campos merece mais!

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