Formação do professor: meta de qualidade
Dar sustentação em longo prazo às melhorias alcançadas desde o lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) depende de professores bem formados. Essa é a conclusão a que chegou o ministro Fernando Haddad na abertura do seminário PDE: uma Visão Institucional. O encontro ocorre nesta segunda-feira, 28, em Brasília.
De acordo com o ministro, os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgados pela segunda vez este ano mostram a evolução na qualidade da educação em relação ao desempenho dos estudantes da educação básica pública em matemática e língua portuguesa. “Já chegamos às metas de 2009”, comemorou Haddad.
Os bons resultados em todas as séries avaliadas — quarta e oitava do ensino fundamental e terceiro ano do ensino médio — revelaram a melhoria da proficiência em língua escrita e em matemática e também a queda dos índices de repetência e evasão. Para o ministro, o salto de qualidade em apenas dois anos, verificado pelas medições do Ideb, ocorreu porque o processo de avaliação foi percebido por gestores estaduais, municipais e escolares como um instrumento positivo. Assim, a avaliação funcionou como um indutor que ajudou a organizar o projeto político-pedagógico e o trabalho dos sistemas de ensino e das escolas urbanas avaliadas. “A avaliação cooperativa ajuda a organizar a sala de aula, ajuda o professor a organizar seu plano de trabalho, as aulas de recuperação, o material didático”, exemplificou Haddad. “A avaliação faz perceber o que se espera de um aluno da quarta série, por exemplo.”
De acordo com o ministro, estudos revelam que a avaliação por escola, com divulgação dos resultados e sob a perspectiva de colaborar, não de punir, resulta em melhores indicadores de proficiência. Para que essa melhoria se sustente em longo prazo, é fundamental, segundo Haddad, investir na formação de professores. “A qualidade da educação básica nunca pode ser superior à qualidade dos professores. Pode ser igual, nunca superior”, afirmou. Por isso, ele defende a criação de um sistema nacional de formação de professores. Assim, o Estado assumiria a responsabilidade pela qualidade dos profissionais. “Precisamos aumentar o percentual de professores e de funcionários da escola pública formados em instituições públicas de qualidade”, defendeu.
Parceria — Para Haddad, é preciso aproveitar o esforço atual em torno de medidas que privilegiam toda a educação e a formação dos docentes, em especial, com a ampliação do acesso ao ensino superior e da parceria com universidades públicas, para construir o sistema de formação com diretrizes nacionais. “Ou fazemos isso ou esse movimento de melhoria da qualidade da educação não terá sustentabilidade no tempo”, destacou.
Para Haddad, o seminário é importante para definir os papéis de cada setor a partir de um regime de colaboração. “O MEC pode coordenar e fomentar ações para garantir programas de apoio federal à construção do sistema”, assegurou.
Participam do encontro representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes), da Associação Brasileira de Reitores das Universidades Públicas Estaduais e Municipais (Abruem), do Conselho dos Dirigentes dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Concefet), do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Os temas centrais são o regime de colaboração, os arranjos educativos locais e os mecanismos de consolidação das metas instituídas no PDE.
Maria Clara Machado
De acordo com o ministro, os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgados pela segunda vez este ano mostram a evolução na qualidade da educação em relação ao desempenho dos estudantes da educação básica pública em matemática e língua portuguesa. “Já chegamos às metas de 2009”, comemorou Haddad.
Os bons resultados em todas as séries avaliadas — quarta e oitava do ensino fundamental e terceiro ano do ensino médio — revelaram a melhoria da proficiência em língua escrita e em matemática e também a queda dos índices de repetência e evasão. Para o ministro, o salto de qualidade em apenas dois anos, verificado pelas medições do Ideb, ocorreu porque o processo de avaliação foi percebido por gestores estaduais, municipais e escolares como um instrumento positivo. Assim, a avaliação funcionou como um indutor que ajudou a organizar o projeto político-pedagógico e o trabalho dos sistemas de ensino e das escolas urbanas avaliadas. “A avaliação cooperativa ajuda a organizar a sala de aula, ajuda o professor a organizar seu plano de trabalho, as aulas de recuperação, o material didático”, exemplificou Haddad. “A avaliação faz perceber o que se espera de um aluno da quarta série, por exemplo.”
De acordo com o ministro, estudos revelam que a avaliação por escola, com divulgação dos resultados e sob a perspectiva de colaborar, não de punir, resulta em melhores indicadores de proficiência. Para que essa melhoria se sustente em longo prazo, é fundamental, segundo Haddad, investir na formação de professores. “A qualidade da educação básica nunca pode ser superior à qualidade dos professores. Pode ser igual, nunca superior”, afirmou. Por isso, ele defende a criação de um sistema nacional de formação de professores. Assim, o Estado assumiria a responsabilidade pela qualidade dos profissionais. “Precisamos aumentar o percentual de professores e de funcionários da escola pública formados em instituições públicas de qualidade”, defendeu.
Parceria — Para Haddad, é preciso aproveitar o esforço atual em torno de medidas que privilegiam toda a educação e a formação dos docentes, em especial, com a ampliação do acesso ao ensino superior e da parceria com universidades públicas, para construir o sistema de formação com diretrizes nacionais. “Ou fazemos isso ou esse movimento de melhoria da qualidade da educação não terá sustentabilidade no tempo”, destacou.
Para Haddad, o seminário é importante para definir os papéis de cada setor a partir de um regime de colaboração. “O MEC pode coordenar e fomentar ações para garantir programas de apoio federal à construção do sistema”, assegurou.
Participam do encontro representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes), da Associação Brasileira de Reitores das Universidades Públicas Estaduais e Municipais (Abruem), do Conselho dos Dirigentes dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Concefet), do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Os temas centrais são o regime de colaboração, os arranjos educativos locais e os mecanismos de consolidação das metas instituídas no PDE.
Maria Clara Machado
Fonte: Site do MEC
Comentários