RACISMO: "A COR DA VERGONHA"
Trabalho apresentado por Fabiano, Marcely e Patrícia, na disciplina de Língua Portuguesa do Curso de Licenciatura em Geografia no Instituto Federal Fluminense, como requisito parcial da avaliação P2 sob orientação da Professora Hélia Coelho Mello Cunha.
“(...) Perseguidos sem direitos nem escolas. Como podiam registrar as suas glórias?Nossa memória foi contada por vocês. E é julgada verdadeira como a própria lei. Por isso temos registrados em toda história ma mísera parte de nossas vitórias (....)
“(...) Perseguidos sem direitos nem escolas. Como podiam registrar as suas glórias?Nossa memória foi contada por vocês. E é julgada verdadeira como a própria lei. Por isso temos registrados em toda história ma mísera parte de nossas vitórias (....)
Palmares 1999 - Natiruts
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo nos levar a reflexão sobre a existência do preconceito racial na sociedade brasileira, mostrando que o racismo é um dos flagelos da humanidade e que todos nós somos obrigados a combater esse mal. Procuramos através de exemplos, desmascarar a mentira de que não existe racismo no Brasil e que é preciso acabar com a desigualdade social, criando políticas e ações afirmativas que sejam capazes de gerar melhores condições de vida para todos os cidadãos, independente da quantidade de melanina presente na cor da pele. Qualquer pessoa poderá entender e por em prática suas ações contra o racismo e o preconceito, principalmente aquelas pessoas que sentiram na pele a dor da discriminação social. Somos todos praticamente componentes de uma só raça. Infelizmente o racismo não acabou, mesmo a ciência tendo comprovado a inexistência da superioridade de uma raça sobre a outra, essa tese ainda encontra credibilidade, resultando numa prática que em nosso país é classificada como crime. O racismo precisa ser extinto o quanto antes para que a sociedade possa viver bem e forma igualitária e feliz.
Este trabalho tem como objetivo nos levar a reflexão sobre a existência do preconceito racial na sociedade brasileira, mostrando que o racismo é um dos flagelos da humanidade e que todos nós somos obrigados a combater esse mal. Procuramos através de exemplos, desmascarar a mentira de que não existe racismo no Brasil e que é preciso acabar com a desigualdade social, criando políticas e ações afirmativas que sejam capazes de gerar melhores condições de vida para todos os cidadãos, independente da quantidade de melanina presente na cor da pele. Qualquer pessoa poderá entender e por em prática suas ações contra o racismo e o preconceito, principalmente aquelas pessoas que sentiram na pele a dor da discriminação social. Somos todos praticamente componentes de uma só raça. Infelizmente o racismo não acabou, mesmo a ciência tendo comprovado a inexistência da superioridade de uma raça sobre a outra, essa tese ainda encontra credibilidade, resultando numa prática que em nosso país é classificada como crime. O racismo precisa ser extinto o quanto antes para que a sociedade possa viver bem e forma igualitária e feliz.
CAPÍTULO I – RACISMO: “A COR DA VERGONHA”
Até pouco tempo o Brasil era visto tanto aqui como no exterior, como um país onde o preconceito racial era inexistente. Essa imagem criada e divulgada pelo Brasil desde a década de 1930, parecia comprovada quando se assistia as nossas manifestações mais famosas, Carnaval e o futebol. Além de parecer natural em um país onde a mistura de raças provém desde o Brasil Colônia.
É muito pouco provável que um negro que tenha pele escura, se deixe convencer da inexistência do preconceito racial a não ser, é claro, que seja um bebê ou uma pessoa que viva isolada do resto do mundo. O preconceito contra o negro no Brasil é tão discutido atualmente que uma pessoa sensata pensará duas vezes antes de chamar outra de negra, o que, aliás, só mascara o preconceito. Quando um empresário quer um funcionário de pele branca, ele logo adverte que precisa de alguém de “boa aparência”, dessa forma ele não poderá ser “taxado” como preconceituoso.
Numa de suas conferências o ex-presidente de Portugal, Sr. Marcos Soares, discursando sobre a existência do racismo, fez a seguinte afirmação:
Até pouco tempo o Brasil era visto tanto aqui como no exterior, como um país onde o preconceito racial era inexistente. Essa imagem criada e divulgada pelo Brasil desde a década de 1930, parecia comprovada quando se assistia as nossas manifestações mais famosas, Carnaval e o futebol. Além de parecer natural em um país onde a mistura de raças provém desde o Brasil Colônia.
É muito pouco provável que um negro que tenha pele escura, se deixe convencer da inexistência do preconceito racial a não ser, é claro, que seja um bebê ou uma pessoa que viva isolada do resto do mundo. O preconceito contra o negro no Brasil é tão discutido atualmente que uma pessoa sensata pensará duas vezes antes de chamar outra de negra, o que, aliás, só mascara o preconceito. Quando um empresário quer um funcionário de pele branca, ele logo adverte que precisa de alguém de “boa aparência”, dessa forma ele não poderá ser “taxado” como preconceituoso.
Numa de suas conferências o ex-presidente de Portugal, Sr. Marcos Soares, discursando sobre a existência do racismo, fez a seguinte afirmação:
"O racismo começa quando a diferença, real ou imaginária, é usada para justificar uma agressão. Uma agressão que assenta na incapacidade para compreender o outro, para aceitar as diferenças e para se empenhar no diálogo".
O preconceito contra o negro é tão divulgado que algumas vezes, as telenovelas brasileiras apresentam casos em suas tramas, mas, parece que essa campanha contra o preconceito racial nas telenovelas não surte efeito, nem mesmo nelas próprias, pois se analisarmos, as atrizes que fazem as protagonistas com a exceção de Thaís Araújo, todas são brancas. As atrizes negras até destacam das tramas, mas por mérito e não por terem lhe conferido um papel de destaque.
O preconceito contra o negro é tão divulgado que algumas vezes, as telenovelas brasileiras apresentam casos em suas tramas, mas, parece que essa campanha contra o preconceito racial nas telenovelas não surte efeito, nem mesmo nelas próprias, pois se analisarmos, as atrizes que fazem as protagonistas com a exceção de Thaís Araújo, todas são brancas. As atrizes negras até destacam das tramas, mas por mérito e não por terem lhe conferido um papel de destaque.
CAPÍTULO II – DADOS QUE COMPROVAM A EXISTÊNCIA DO RACISMO NO BRASIL
E se ainda possa existir alguma dúvida da existência do preconceito racial no Brasil, é só analisar as desigualdades sociais, dos 22 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza, 70% são negros e dos 53 milhões de pobres do país, 63% são negros.
Pesquisas envolvendo a desigualdade social ligada a raça vem mostrando o tamanho preconceito sofrido pelos negros. Pois se antes era senso comum que os negros só não se destacavam na sociedade por condições sociais, e que o preconceito era de classe e não de raça, hoje já se sabe que é preconceito que impede que o negro se destaque e que, com raras exceções, venha a alcançar ascensão social.
Até os que alcançam destaque social, são visto muitas vezes como intrusos alguém que não tem o direito de está em uma posição destaque, por exemplo, nunca houve no Brasil um presidente negro, e se perguntasse a um brasileiro quantos negros entraram para a história de Brasil, ele demoraria a responder, não que eles não tenham sido importantes, e que não tenham alcançado um lugar nos livros escolares, mas porque o negro é associado à escravidão, não se para pensar no intelectual negro,no artista e no cidadão.
Hoje o preconceito racial no Brasil já tomou proporção mundial, em 2001, na Conferência Mundial Contra o Racismo, realizada em Lurban, na África do Sul o Brasil foi declarado um país preconceituoso, que discrimina os negros, afirmativa comprovada pelos dados dos estudos sobre mobilidade social em 2005, o relator especial da Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas para Formas Contemporâneas de Racismo, Discriminação, Xenofobia e Intolerância, Dr. Diéne, veio ao Brasil e comprovou que o Racismo é profundo no país.
O próprio presidente[1] já admite a existência do preconceito racial no Brasil, tanto que implantou o sistema de cotas nas faculdades, em uma tentativa de diminuir a distância social de negros e pardos, quando comparados aos brancos.
Portanto é mais que evidente que a “cor da vergonha” é o negro, ou seja, existe sim preconceito contra o negro, e não importa o que se tenha tentado fazer ou tenta-se fazer para mascarar o preconceito, pois ele está aí para quem quiser ver.
Cabe ao povo combate-lo, e para isso é necessário encarar a verdade. Sem se deixar convencer por fatos isolados de igualdade racial que ocorre no carnavais e no futebol.
E se ainda possa existir alguma dúvida da existência do preconceito racial no Brasil, é só analisar as desigualdades sociais, dos 22 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza, 70% são negros e dos 53 milhões de pobres do país, 63% são negros.
Pesquisas envolvendo a desigualdade social ligada a raça vem mostrando o tamanho preconceito sofrido pelos negros. Pois se antes era senso comum que os negros só não se destacavam na sociedade por condições sociais, e que o preconceito era de classe e não de raça, hoje já se sabe que é preconceito que impede que o negro se destaque e que, com raras exceções, venha a alcançar ascensão social.
Até os que alcançam destaque social, são visto muitas vezes como intrusos alguém que não tem o direito de está em uma posição destaque, por exemplo, nunca houve no Brasil um presidente negro, e se perguntasse a um brasileiro quantos negros entraram para a história de Brasil, ele demoraria a responder, não que eles não tenham sido importantes, e que não tenham alcançado um lugar nos livros escolares, mas porque o negro é associado à escravidão, não se para pensar no intelectual negro,no artista e no cidadão.
Hoje o preconceito racial no Brasil já tomou proporção mundial, em 2001, na Conferência Mundial Contra o Racismo, realizada em Lurban, na África do Sul o Brasil foi declarado um país preconceituoso, que discrimina os negros, afirmativa comprovada pelos dados dos estudos sobre mobilidade social em 2005, o relator especial da Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas para Formas Contemporâneas de Racismo, Discriminação, Xenofobia e Intolerância, Dr. Diéne, veio ao Brasil e comprovou que o Racismo é profundo no país.
O próprio presidente[1] já admite a existência do preconceito racial no Brasil, tanto que implantou o sistema de cotas nas faculdades, em uma tentativa de diminuir a distância social de negros e pardos, quando comparados aos brancos.
Portanto é mais que evidente que a “cor da vergonha” é o negro, ou seja, existe sim preconceito contra o negro, e não importa o que se tenha tentado fazer ou tenta-se fazer para mascarar o preconceito, pois ele está aí para quem quiser ver.
Cabe ao povo combate-lo, e para isso é necessário encarar a verdade. Sem se deixar convencer por fatos isolados de igualdade racial que ocorre no carnavais e no futebol.
[1] Nas comemorações do Dia da Consciência Negra, realizada na cidade de União dos Palmares (AL), realizada no dia 20 de novembro de 2003, o Presidente Luis Inácio Lula da Silva, afirmou “No Brasil do século 21, há exclusão porque continua a haver desigualdade. Os homens são iguais perante a lei, mas não têm oportunidades iguais. Os direitos republicanos são monopólio de uma parte da população como se o Brasil fosse uma república branca, ainda que 46% do seu povo seja negro".
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A elaboração deste trabalho permitiu-nos ampliar nossos horizontes no que diz respeito às atitudes racista, existe na sociedade contemporânea.
Não expressamos aqui um protesto racial, mas sim um chamado a sociedade brasileira para a conscientização de que não importa a cor da pele, o que se deve considerar é a garantia da convivência entre todos os seres humanos, em respeito mútuo ao ser existente dentro de cada um, independente da cor da sua pele ou de sua origem socioeconômica.
A elaboração deste trabalho permitiu-nos ampliar nossos horizontes no que diz respeito às atitudes racista, existe na sociedade contemporânea.
Não expressamos aqui um protesto racial, mas sim um chamado a sociedade brasileira para a conscientização de que não importa a cor da pele, o que se deve considerar é a garantia da convivência entre todos os seres humanos, em respeito mútuo ao ser existente dentro de cada um, independente da cor da sua pele ou de sua origem socioeconômica.
REFERÊNCIAS:
VESENTINI, José Willian, Geografia Série Brasil. Rio de Janeiro, RJ: Editora Ática, 2004.
OLIVEIRA, Valmir. Sistema de cotas não atrai mais. Jornal Folha da Manhã. Disponível em<http://www.fmanha.com.br/index.php?cod=57&id=189027&cm=1&lk=1&buscaEdicao=16-06-2008&arquivo=1&pag=geral>. Acesso em 24 jul. 2008.
NATIRUTS. Reggae Power Ao Vivo. São Paulo. Raizama Records, 2006. 1 disco digital video, ( 120min); 4,8pol.. AA0025000. Gravação de som e imagens.
CLIFFORD, Nabby. The Ambassador. Rio de Janeiro. Indie Records, 2008. 1 disco laser, (65 min); 4,8pol.. 3259120053626. Gravação de som.
VESENTINI, José Willian, Geografia Série Brasil. Rio de Janeiro, RJ: Editora Ática, 2004.
OLIVEIRA, Valmir. Sistema de cotas não atrai mais. Jornal Folha da Manhã. Disponível em<http://www.fmanha.com.br/index.php?cod=57&id=189027&cm=1&lk=1&buscaEdicao=16-06-2008&arquivo=1&pag=geral>. Acesso em 24 jul. 2008.
NATIRUTS. Reggae Power Ao Vivo. São Paulo. Raizama Records, 2006. 1 disco digital video, ( 120min); 4,8pol.. AA0025000. Gravação de som e imagens.
CLIFFORD, Nabby. The Ambassador. Rio de Janeiro. Indie Records, 2008. 1 disco laser, (65 min); 4,8pol.. 3259120053626. Gravação de som.
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