Fogão cheio de gás para cozinhar o galo
Alvinegro pode até perder por um gol de diferença. Retrospecto diante do Atlético-MG anima ainda mais o time na Sul-Americana
Por cortesia, ninguém no Botafogo se arrisca a usar a palavra freguês, mas a verdade é que o Atlético-MG tem sido um adversários dos mais agradáveis.
Foi eliminado no confronto nas quartas-de-final das duas últimas edições da Copa do Brasil e acumula três derrotas e um empate nas quatro partidas entre ambos, este ano.
Com a vantagem obtida no jogo de ida da primeira fase da Copa Sul-Americana, o Glorioso tem tudo para ser mais uma vez o algoz mineiro, hoje, a partir das 22h, no Mineirão.
O Botafogo venceu por 3 a 1, no Engenhão, e pode até perder por um gol que garante classificação. A equipe ainda não perdeu por dois gols de diferença sob o comando de Ney Franco, o que aumenta a confiança da torcida alvinegra, mas o treinador prefere a serenidade. “Eles venceram o Atlético-PR por 4 a 0 e estão empolgados. O torcedor vai ajudar. Temos uma vantagem, mas que não é garantia de classificação”, afirmou.
JEJUM DE SETE ANOS
No total, já são 11 partidas sem perder para o Galo, em um período de quase sete anos. A última vitória mineira aconteceu em 3 de outubro de 2001, uma goleada por 4 a 0, em Belo Horizonte. De lá para cá, foram seis vitórias do Botafogo e cinco empates.
Depois da partida no Engenhão, os próprios jogadores do Atlético admitiram que a seqüência de fracassos diante do Botafogo incomoda.
Ney Franco, que sempre se mostra descrente quando analisa escritas, minimiza o fato e pensa apenas no futuro. Tanto que no treino de ontem dedicou atenção especial às cobranças de pênaltis, possibilidade que só ocorrerá caso o Alvinegro perca por 3 a 1. “Em jogos decisivos, temos de estar preparados para tudo.
É importante o jogador estar confiante, caso precise cobrar pênaltis. Mas se tudo acontecer como planejamos, não vamos precisar passar por esse teste cardíaco”, afirma.Apesar do tropeço diante do Vasco no domingo, o técnico está satisfeito com o desempenho do atual elenco, embora sempre veja espaço para melhorar. “Ainda há um longo trabalho a ser feito. Contra o Vasco, por exemplo, erramos muitas finalizações e sofremos gol em bola parada. Isso pode ser fatal em um mata-mata”.
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