Ocupação em junho cresce 4,7%, renda sobe e desemprego é o menor em 10 anos

Pesquisa mensal divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), mostra que, em junho, o nível de ocupação nas regiões metropolitanas cresceu 4,7%, a renda dos trabalhadores aumentou e o desemprego atingiu o menor nível dos últimos 10 anos.
No ano, foram gerados 770 mil postos de trabalho, com uma redução de 171 mil pessoas no universo de desempregados.
A maior elevação ocorreu em Porto Alegre (8,1%), seguido pelo Distrito Federal (5,9%), Recife (5,6%), São Paulo (4,5%); Belo Horizonte (4,2%) e Salvador (1,5%). A maioria das novas vagas é do setor de serviços (339 mil), uma expansão de 3,9%. A indústria ofereceu outros 174 mil postos (6,9%); o comércio, 152 mil (5,7%); e a construção civil , 79 mil (9,6%). Desemprego
O desemprego na região metropolitana de São Paulo ficou em 13,9% menor taxa desde junho de 1996. Já a taxa de desemprego em seis regiões metropolitanas do país – Belo Horizonte, Distrito. Federal, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo – registrou queda para 14,6% em junho. É a menor para o mês desde 1998.
No mês passado, o contingente de desempregados nas seis regiões foi estimado em 2,899 milhões de pessoas, 50 mil a menos do que em maio. As ocupações geradas (74 mil) foram em quantidade suficiente para absorver a entrada de pessoas no mercado de trabalho (24 mil).
Já o número de ocupados nas seis regiões foi calculado em 17 milhões de pessoas, e a PEA (População Economicamente Ativa) em cerca de 19,903 milhões. Renda
Em São Paulo, a renda dos ocupados e assalariados ficou estável em R$ 1.222 e R$ 1.301, respectivamente. Em relação ao ano passado, os rendimentos médios reais de ocupados cresceram 2,1%, e dos assalariados subiram 2,3%. Regiões
Desde o início do ano, a capital mineira é a que mais tem impulsionado a oferta de vagas. A coordenadora da Pesquisa do Emprego e Desemprego (PED), realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Patrícia Lino Costa, atribuiu o resultado ao bom desempenho tanto da indústria, quanto dos serviços decorrentes deste setor e, ainda, da construção civil. “Em um ano, a taxa de desemprego em Belo Horizonte caiu 22%, um comportamento que se deve, principalmente, ao desempenho da indústria metal-mecânica, às siderúrgicas [alimentadas em especial pelo crescimento da indústria automobilística] e, especificamente, em junho, a construção civil foi a que mais se destacou”, explicou a economista.
A coordenadora explicou que, em Recife, embora a taxa de desemprego tenha crescido em 0,5%, em junho, em relação ao mês anterior, “com a melhora da perspectiva de contratação, as pessoas estão retornando ao mercado de trabalho”. Na análise de Patrícia Lino, o aumento pela procura por vagas fez que com a taxa de desemprego na capital pernambucana subisse dos 20,5% registrados em maio para 20,6%, em junho.
Com agências

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